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A NOVA RELAÇÃO DOS PROFISSIONAIS COM O AMBIENTE DE TRABALHO: UM OLHAR SOBRE CULTURA ORGANIZACIONAL E PROPÓSITO



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Cenários de crise trazem desafios que nos forçam a sair do status quo e, com isso, redefinem paradigmas profundamente enraizados em nós.


A recessão de 2015 no Brasil (devido crise política e impeachment) e a recessão de 2020 (devido crise pandêmica pela covid-19) são exemplos emblemáticos de momentos em que profissionais e organizações precisaram rever suas prioridades, valores e estratégias.


Essas crises geraram nas gerações Y e Z (nascidos a partir do final dos anos 80, anos 90 e 2000) a seguinte percepção: não importa quão estudado(a) você seja, toda a experiência adquirida ou o tempo de casa, pois nada disso garante a longevidade do seu emprego ou a certeza de uma contratação. Isso trouxe um novo paradigma para os profissionais, que antes focavam em apenas ganhar dinheiro. A nova mão de obra está cada vez mais conectada a propósito, saúde mental e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.


Diante desse cenário, a cultura organizacional surge como um elemento-chave para atrair e reter talentos em um mercado competitivo e carente de mão de obra devidamente qualificada. Empresas que negligenciam a importância de cultivar um ambiente saudável e alinhado aos valores dos profissionais enfrentam impactos significativos no clima organizacional, baixa de produtividade, alta rotatividade e, consequentemente, as dificuldades financeiras que tudo isso traz.



Relacionamento com o trabalho


Antes de 2015, muitos profissionais encaravam o trabalho como uma necessidade bem prática: fazer dinheiro e construir segurança financeira acima de tudo - uma questão de sobrevivência, onde a satisfação e o engajamento eram secundários.


Com a pandemia de 2020, o isolamento social e o trabalho remoto catalisaram uma revolução profunda: profissionais de todas as idades começaram a valorizar a saúde mental, o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, e a busca por ambientes que respeitassem suas individualidades, em especial as gerações entrantes no mercado (Y e Z).


Essa nova relação está exigindo das empresas uma reestruturação na forma de atrair e reter talentos. Agora já não basta oferecer um emprego, recursos básicos e salário em dia. Para continuar crescendo e fortalecer a marca empregadora com o mercado e stakeholders, é necessário criar um espaço onde as pessoas se sintam valorizadas e conectadas ao seu propósito pessoal.



Estratégias para diminuir a rotatividade e alinhar talentos à cultura do negócio


A atração e seleção de talentos é uma via de mão dupla: a empresa escolhe os profissionais e os candidatos também avaliam a empresa onde vão dedicar sua capacidade laboral. Isso força gestores e administradores a saírem do pedestal de uma relação de poder e passar a lidar sob um prisma de cooperação e humanização das relações de trabalho, mas sem perder de vista os objetivos do negócio.


Pra alinhar as expectativas de quem emprega e de quem trabalha, as empresas precisam repensar estratégias de atração e retenção para reduzir a rotatividade crescer de forma estruturada.


A partir da nossa vivência na estruturação, implantação e gestão de RH, trouxemos aqui algumas ações para apoiar sua estratégia de Gestão de Pessoas:


  1. Definir uma proposta de valor que seja clara e atraente, revisando o salário praticado no mercado para este cargo, em empresas de porte e ramo semelhantes;

  2. Aprimorar o processo seletivo com testes que extraiam ao máximo o perfil dos candidatos, fazendo a compatibilidade de perfil;

  3. Investir em onboarding e integração de qualidade, gerando memória afetiva e o sentimento de pertencimento;

  4. Promover uma cultura de reconhecimento e valorização justa, com recompensas financeiras e emocionais;

  5. Priorizar a saúde mental e o bem-estar com ações ao longo do ano todo;

  6. Fomentar continuamente o sentimento de pertencimento, olhando humanizadamente para a história de cada colaborador e extraindo dali ideias para novas ações;

  7. Capacitar líderes para inspirar, guiar e serem multiplicadores dos valores da empresa.


 

Crescimento sustentável


A implementação dessas estratégias não é apenas uma resposta às demandas do presente, mas uma forma de preparar as empresas para o futuro. Mais do que uma tendência, a construção de uma cultura organizacional forte e adaptável é um compromisso estratégico com a longevidade do negócio e com o desenvolvimento humano. Organizações que investem em ações de fomento da cultura organizacional criam um ambiente agradável e produtivo, onde resultados e bem-estar caminham juntos.


É nesse equilíbrio entre inovação, valores e cuidado que reside o verdadeiro crescimento.

 

 
 
 

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